Intercâmbio criado pelo Aleluia Ilhéus abriu oportunidades de negócios

Valor agregado: chocolate e artesanato juntos
JBO

 

Os expositores aproveitaram os quatro dias do Aleluia Ilhéus Festival não somente para vender ou dar visibilidade às suas marcas, mas também para manter contato com compradores e consumidores, visando a realização de futuros negócios, através da troca de contatos e experiências. Um bom exemplo disto é o da proprietária do Chocolate Itacaré, Diva Fátima Pol Landenberger, que, ao participar da Feira da Economia Criativa, tomou conhecimento de produtos que ajudaram a agregar valor aos seus e fechou a compra de quantidades significativas dos mesmos, inclusive já projetando para outras datas festivas, como o Dia das Mães.

Ela observou que não sabia, até instalar o seu estande, da existência das cestas feitas pela ex-empregada doméstica Maria Aparecida a partir de folhas de revistas, mas que tão logo viu os produtos em exposição, também na Feira de Economia Criativa, percebeu que eles seriam boas embalagens para o seu chocolate. "Assim, nós compramos todas as unidades pequenas que estavam em exposição e as usamos para embalar nossos ovos de Páscoa e outros produtos. Deu tão certo que vendemos rapidamente os conjuntos, agregando valor aos nossos produtos". Ela fez o mesmo com coelhinhos de pelúcia produzidos por outra expositora e garante que também teve o mesmo sucesso de vendas.

"Estamos conseguindo fazer intercâmbio com outras pessoas que têm produtos que a gente precisa. Eu encontrei embalagens que posso colocar meu chocolate e apresentar de forma diferente e valorizar meu produto", afirmou Diva Fátima, fazendo questão de destacar a importância do apoio recebido da Prefeitura de Ilhéus e do Sebrae para viabilizar a participação de sua empresa no Aleluia Ilhéus.

Maria Aparecida, que expôs seus produtos ao lado do estande de Diva Fátima, conta que começou a confeccionar as cestinhas de papel há cinco anos e diz que não se arrepende de ter trocado o trabalho em casas de família pelo empreendedorismo. É do trabalho como artesã que ela retira toda sua renda mensal. Segundo a empreendedora, os negócios realizados durante o Aleluia Ilhéus bem com as possibilidades abertas com a proprietária do Chocolate Itacaré, que usou suas cestas na apresentação dos chocolates durante o evento, foram fundamentais para incrementar sua atividade. "As pessoas estão vindo aqui, me elogiando, levando meu cartão. O Aleluia Ilhéus foi a melhor coisa que aconteceu na cidade", declarou, entusiasmada.

Divulgação – O evento não só permitiu o intercâmbio de produtos entre os expositores, mas também a divulgação de produtos confeccionados na própria cidade. A bordadeira Ana Maria Santos e o grupo de quatro amigas que se uniram para fazer e comercializar seus produtos já perceberam o retorno que a realização da exposição trouxe para suas vendas. "Nós percebemos que até os nativos não sabiam da nossa existência. Então o Aleluia deu a oportunidade para a gente comercializar o nosso produto dentro da nossa cidade".

Os produtores que participaram do estande da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), na Feira de Agricultura Familiar, também tiveram a oportunidade de, além de vender seus produtos, abrir perspectivas para negócios futuros, como exemplificou o agricultor Tilson Prates, que trabalha com o cacau, ao destacar o sucesso das vendas. "O evento foi ótimo pra gente, da agricultura familiar, que até então vivíamos escondidos. Nós temos tantas coisas boas para mostrar e com o Aleluia Ilhéus nós tivemos esta oportunidade".

Outra exposição que chamou bastante atenção foi a dos produtos que usam como base o guaraná. O secretário executivo da cadeia produtiva do guaraná na Bahia, Gerval Teófilo, explica que a Bahia é um grande produtor de guaraná, no entanto poucas pessoas tinham conhecimento disso. No estande estava sendo exposta uma bebida mista com guaraná e açaí, que atraiu tanta atenção que ele, às 21 horas do domingo, já tinha vendido todas as caixas que levou para o Aleluia Ilhéus. "O evento deu oportunidade das pessoas conhecerem o guaraná e aumentar o consumo, além de dar oportunidades, também, para muitos contatos com compradores, daqui da Bahia e até de outros estados".